Para o homem que ri...

...e também chora, ora.

domingo, março 27, 2005

Casualidades em B Minor

Incrível como a música pode expressar tanta coisa, seja com palavras bem colocadas ou com melodias que tocam a alma lá no âmago. Ou nos raros casos em que existe perfeito entrosamento entre palavras e melodias... É atingido o estado sublime.
Pode demorar anos ou pode ser no primeiro acorde, mas quando ela nos pega... não sabemos como ela faz nos sentir tão vulneráveis ou, às vezes, erroneamente invulneráveis... como algumas conseguem nos deixar voando na mais alta velocidade, através das mais belas coisas da vida enquanto outras podem nos enterrar a quinhentos e cinquenta e sete palmos do chão, na mais pura escuridão e solidão...

Eu queria escrever pelo resto do dia... escrever as mais de novecentas mil maneiras que as músicas podem nos deixar. De como elas podem nos fazer voltar à passados, às vezes, nem tão distantes. De como elas às vezes nos ajudam a parar o mundo todo, ou, quando involuntariamente lembramos, ao menos o faz girar mais devagar...

Na trilha sonora da minha vida, as músicas são tensas, intensas, extensas, extremas, tristes, felizes, raivosas, divertidas, esquisitas... de todos os gêneros, formas e tamanhos possíveis... mas é incrível como de vez em quando a música se encaixa tão perfeitamente... e fica difícil de acreditar que ela realmente não foi escrita para mim....

São algumas casualidades em Si Minor, um piano tranquilo em meio a uma guerra, que nunca pára de tocar...